
O vereador Carlos Fontes (União Brasil) protocolou, ontem (22), na Câmara Municipal, um requerimento pedindo informações sobre a Parceria Público-Privada (PPP) estabelecida pela Prefeitura para a aquisição de três réplicas gigantes de dinossauros para o Parque dos Ipês. O documento questiona a prioridade do governo municipal em relação ao investimento em esculturas de dinossauros em detrimento de outras necessidades da população, especialmente relacionadas à Saúde.
As primeiras esculturas de dinossauros foram instaladas
no Parque dos Ipês no domingo (21) e são réplicas de: Stegossaurus,
Ankylosaurus e Parasaurolophus, com tamanho real e que retratam de forma fiel a
característica dos animais pré-históricos.
O prefeito Rafael Piovezan informou que os “dinossauros” foram adquiridos por meio de parceria entre o município e a iniciativa privada e que não houve custos aos cofres públicos. “A primeira parte já chegou e as demais esculturas chegarão nos próximos dias”, afirmou.
As esculturam fazem parte da revitalização do
Parque dos Ipês que, segundo a Prefeitura, inclui novas estruturas, podas e
condução das árvores existentes, melhorias na pista de caminhada, no gradil, na
iluminação, entre outras ações.
Ainda no requerimento, o vereador Carlos Fontes ressalta que, embora a aquisição dos dinossauros seja fruto de uma parceria com a iniciativa privada, e, portanto, não implique custos diretos para a Prefeitura, os recursos e energia investidos nessa PPP poderiam ser direcionados para áreas consideradas mais prioritárias, como a construção de um hospital municipal, de um hospital infantil, de UTIs neonatais, bem como para a compra de exames, fraldas geriátricas e cestas básicas de alimentos para a população.
Ele argumenta que revitalizar áreas públicas é importante, mas que a prioridade do governo deve ser a saúde da população. Para entender melhor a situação, ele pede esclarecimentos sobre a PPP em questão, incluindo a identificação da empresa parceira, o custo de cada escultura e a existência de contratos de prestação de serviço entre essa empresa e a Prefeitura e ainda cópia dos contratos firmados entre a Administração e a referida empresa, se houver, e questionam por que o mesmo esforço dedicado à PPP dos dinossauros não é aplicado em projetos de saúde pública essenciais para a população.