Descontentes com
a posição da Prefeitura de Santa Bárbara d’ Oeste de iniciar a construção de
canteiro central na Avenida de Cillo, entre as ruas Xavantes e Maestro Martinho
Fischer, sem ouvir aqueles que serão impactados, moradores e comerciantes da
região dos Jardins Boa Vista e Mariana, fizeram um abaixo assinado se
posicionando contrários à obra. Segundo a Prefeitura a obra compreende o corte
e remoção do asfalto, implantação de guia e sarjeta e a construção de calçada
em concreto estampado.
O documento, com
mais de 80 assinaturas, foi protocolado na Prefeitura, no dia 27, um dia após o
início da obra, pedindo que seja reconsiderada a decisão de construir o
canteiro central na referida avenida e que busquem alternativas que não
prejudiquem a mobilidade, segurança e os interesses dos moradores e
comerciantes do bairro. Uma reunião com os setores responsáveis para um
diálogo também foi solicitada.
Os moradores consideram que além da diminuição da mobilidade, a obra do canteiro central causará: aumento significativo do congestionamento com entrada e saída de alunos da escola; aumento do risco de acidentes e colisões e impacto negativo no comércio local, uma vez que muitos estabelecimentos comerciais na Avenida de Cillo dependem da possibilidade de manobra de caminhões para carga e descarga de mercadorias. Por fim, eles consideram desnecessário o canteiro central, uma vez que a Avenida de Cillo possui calçadas amplas em ambos os lados, o que já proporciona um espaço adequado para pedestres e ciclistas. “A construção de um canteiro central é desnecessária e não traz benefícios significativos para a comunidade”, ressaltam no abaixo assinado.
Houve
solicitações dos vereadores Bachin Junior, Eliel Miranda e Joi Fornasari para
esse diálogo entre a Prefeitura e os moradores. O pedido do vereador Eliel em requerimento não teve resposta da administração
municipal. Na terça-feira (02) de manhã, ele compareceu na reunião marcada na
Prefeitura com os secretários de Governo Joel Cardoso, o secretário de Obras,
Hamilton Cavichioli e o secretário de Segurança, Trânsito e Defesa Civil,
Rômulo Gobbi, o representante dos moradores, Douglas Esmeriz, e os vereadores Bachin Jr e Joi
Fornasari, porém, estranhamente, foi
impedido de participar.
“O secretário de Governo, Joel Cardoso, disse que o vereador Eliel não podia participar da reunião porque ele protocolou o pedido de uma outra reunião e não pode haver conflito de assuntos. Só que o assunto era o mesmo”, disse o morador Douglas. “Entraram na reunião decididos e inflexíveis, apesar dos argumentos que apresentei e da solicitação veemente da abertura de um diálogo para com os moradores que se manifestaram e que são diretamente impactados. Em uma atitude arrogante, fui informado que a obra iria continuar, que os moradores não seriam ouvidos, pois eles é quem sabem o que é melhor para a população", completou.
Ficou decidido algumas alterações no sentido de não atrapalhar o comércio da avenida e a mudança de algumas faixas de pedestres que ficariam em frente ao portão de moradores. "O diálogo foi ignorado, outras maneiras de inclusão e contensão de tráfego foram deixadas de lado. De forma alguma sou contra melhorias para inclusão. Porém, minha crítica é contra as soluções somente para os desfavorecidos, prejudicando a maioria da população"., conclui o morador.
A reportagem do portal SBNotícias entrou em contato com a Prefeitura ontem (03) para que se manifestasse sobre o assunto, porém até o momento não houve retorno.