Nunca me senti discriminada por ser mulher

Por Léa Bueno 03/03/2017

Sempre me incomodavam as histórias contadas pela minha mãe, filha e neta de imigrantes alemães, que seus antepassados proibiam suas filhas de finalizarem os estudos. Trabalhar então, era impensável. Acho que isso não acontecia somente com os imigrantes alemães, pois raramente se vê profissionais femininas que nasceram no início do século passado (muitas delas vivas até hoje, são nossas avós e bisavós). Algumas moças conseguiam se tornar professoras, uma das únicas profissões bem vistas pelos pais de outrora. A ideia era que a mulher trabalhasse meio período para que não comprometesse os afazeres domésticos e os cuidados com os filhos que, naquela época, eram de responsabilidade exclusiva da mulher.

O mundo que vivemos hoje é bem diferente. Meninos e meninas são criados com igualdade de condições pela ampla maioria das famílias brasileiras. A mulher pode, até por lei, escolher e exercer qualquer profissão. Tudo isso mudou porque a mentalidade das pessoas mudou. Antigamente se ouvia que não era seguro se tratar com médica. Médico tinha que ser homem! A geração que está aí nunca ouviu isso! Eles já nasceram de uma obstetra ou foram tratados por pelo menos uma médica durante sua vida. Em todos os lugares que os jovens de hoje frequentam encontram profissionais de ambos os sexos. Ninguém mais fica chocado quando uma esposa bem-sucedida profissionalmente trabalha de sol a sol e seu marido decide ficar em casa cuidando das crianças. Que bom que evoluímos!

Eu, por exemplo, nunca fui discriminada, nem veladamente, em todos os ambientes de trabalho que já frequentei. E olha que eu sou formada em Engenharia Civil, uma profissão de maioria masculina. É claro que eu levei cantadas em canteiro de obra, mas isso eles só fazem quando estão em grupo. Nas conversas profissionais individuais sempre houve muito respeito. Eu me fiz respeitar! Sempre estive atenta às necessidades deles e ouvia suas opiniões de como o trabalho deveria ser feito. Também posso dizer que fiz minha parte para que não fosse discriminada: nunca faltei (exceto quando estava \"quase morrendo\") e estruturei minha vida familiar de forma a garantir que meus filhos fossem bem atendidos sem a necessidade de eu me ausentar do trabalho para cuidar deles. Ora, se a mulher pleiteia igualdade de direitos, também deve oferecer a contrapartida.

Depois de trabalhar muitos anos em empresas privadas, criei, em parceria com meu marido, a primeira e maior franquia de educação complementar do Brasil. Passei então de empregada a empregadora. Meus ideais de igualdade de condições entre os sexos, no entanto, permaneceram os mesmos.

Por exemplo, há alguns anos, uma funcionária me pediu para folgar a tarde de sexta-feira para assistir à apresentação de seu filho na escolinha, em homenagem ao Dia das Mães. Eu poderia responder um sonoro não, afinal muitas mulheres são preteridas em relação aos homens por condutas assim. Mas, ao invés disso, eu telefonei para a instituição de ensino e expliquei que fazer uma festa para as mães em dia e horário de trabalho não era correto. Se a criança fica na escolinha em tempo integral é porque seus pais trabalham e, portanto, não podem comparecer a esses eventos. Eu ainda perguntei como era a comemoração para o Dia dos Pais. A resposta? De domingo! Ao final de nossa conversa, a data da apresentação foi alterada e minha funcionária não precisou faltar.

Nossa empresa sempre incentiva que as funcionárias mães revezem com os pais o acompanhamento às consultas médicas de seus filhos. A empresa em que o pai trabalha também tem que ser solidária! E, claro, incentivamos nossos funcionários pais a fazerem o mesmo. Afinal, se o ônus de cuidar do filho recair somente à mulher, haverá um comprometimento de sua empregabilidade.

Se começarmos a cuidar desses detalhes, evoluiremos para práticas adotadas por sociedades mais avançadas culturalmente que a nossa. Na Suécia, por exemplo, pais e mães têm direito ao mesmo tempo de licença para cuidar de seus bebês. E eles podem escolher o período, ou seja, a mãe pode tirar os primeiros meses, voltar a trabalhar, e o pai tira licença na sequência, o que garante que o bebê fique aos cuidados exclusivos de seus pais o dobro do tempo! Nem todo pai brasileiro está preparado para algo assim. Creio que alguns, de mentalidade antiga, aproveitariam a licença para \"sumir\". As mudanças ocorrem primeiro nas cabeças das pessoas para depois virarem lei. Devagar chegamos lá!

O capital humano é o maior bem de uma empresa. Nós, mulheres, já conquistamos um espaço gigantesco no mercado de trabalho porque provamos que podemos trabalhar em pé de igualdade com os homens. Não há lugar mais para discriminação de gênero na sociedade atual, nem de raça, cor, religião ou orientação sexual. Há uma lei de 1989 que pune com reclusão e multa a discriminação, mas mais importante que isso: é o senso comum!

Por isso, eu acredito que as mulheres devam apelar ao bom senso para que medidas de igualdade sejam adotadas no dia a dia de seu local de trabalho (e em seus lares). Mostrando que ela se preparou para exercer a função profissional a qual se propõe e não sucumbindo às dificuldades, a mulher tem as mesmas chances colocação e promoção que seus pares. Temos que continuar avançando!

* Léa Bueno é sócia-diretora da franquia Tutores do Brasil e mãe de 4 filhos.

PARTIDO SOCIAL DEMOCRÁTICO - PSD
COMISSÃO PROVISÓRIA MUNICIPAL DE SANTA BÁRBARA D’OESTE-SP

EDITAL DE CONVOCAÇÃO
Convenção Ordinária para escolha de candidatos e/ou coligação

O Presidente da Comissão Executiva Municipal do Partido Social Democrático – PSD de Santa Bárbara d’Oeste-SP, convoca seus convencionais, nos termos do que dispõe os arts. 16, 20 e 34 do Estatuto do Partido, para participarem da Convenção Ordinária a ser realizada no dia 22 de julho de 2024, às 20:00 horas, no escritório político, situada na Rua Joaquim de Oliveira n. 890, Centro, em Santa Bárbara d’Oeste, Estado de São Paulo, para deliberar sobre a seguinte ordem do dia: escolher os candidatos a titular e/ou vice para prefeito e os candidatos para vereador; aprovar as coligações partidárias; analisar e aprovar os planos e proposições de atuação política ou de governo dos seus candidatos; demais assuntos referentes às eleições de 2024 e outros temas de interesse partidário. São convencionais: os membros da Comissão Provisória Municipal ou seus suplentes; e os Vereadores, Deputados Estaduais, os Deputados Federais e os Senadores domiciliados nesta jurisdição eleitoral.

Santa Bárbara d’Oeste-SP, em 17 de julho de 2024.

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Paulo César D’Elboux
Presidente Municipal do PSD

O Presidente da Comissão Provisória Municipal do PARTIDO DEMOCRÁTICO TRABALHISTA – PDT do município de Santa Bárbara d’Oeste-SP na forma de seus Estatutos e da legislação vigente, convoca os integrantes da Comissão Provisória Municipal, os Vereadores, os Deputados Estaduais, Deputados Federais e Senadores do PDT com domicilio eleitoral no município , bem como, os presidentes de movimentos partidários legalmente organizados no município para a Convenção Municipal do PDT/Santa Bárbara d’Oeste, no dia 25/07/2024, com início às 19:00 horas e término previsível para as 22:00 horas, na Rua José Alves n.75, Vila Santana, desta cidade, para deliberação da seguinte, com funcionamento mínimo de três horas; (Art. 19, Parágrafo Único, do Estatuto Partidário), para deliberar sobre a seguinte Ordem do Dia:

1. Aprovação da Escolha dos candidatos do PDT/Santa Bárbara d’Oeste ao cargo de Vereador nas eleições proporcionais do próximo dia 06 de outubro;
2. Decidir sobre alianças e coligações municipais;
3. Assuntos gerais;
4. Encerramento da convenção.

Santa Bárbara d’Oeste-SP, 17 de julho de 2024.

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Adolfo Basso
Presidente do PDT/Santa Bárbara d’Oeste