Categoria,
que está sem receber desde o início da pandemia, quer auxílio emergencial
Mais de 600 professores de todo o Estado de São Paulo participaram nesta última quarta-feira, 8 de julho, em ambiente virtual, do Encontro Estadual de Professores da Categoria O, Eventuais (S e V), para debater a revindicação de auxílio emergencial que garanta a sobrevivência dos profissionais, durante a pandemia do coronavírus, que deixaram de lecionar e de receber salários do Estado.
No evento, promovido pela presidenta da
Apeoesp, a deputada estadual Professora Bebel, os participantes decidiram que
realização o “Dia Estadual de Luta”, em data a ser definida, quando carretas de
professores, organizadas pelas subsedes da entidade, partirão de todas as
regiões do Estado, em direção ao Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, onde
será realizada uma manifestação para pressionar pela solução dos problemas
emergenciais e estruturais dos professores temporários.
Durante o encontro, a Professora Bebel informou sobre a atuação da
Apeoesp junto à Secretaria da Educação, aos demais órgãos do governo, assim
como na Assembleia Legislativa e na Justiça, por meio de diversas ações
coletivas e individuais para a defesa deste segmento da nossa categoria. Os
participantes de encontro encaminharam para a Diretoria Estadual Colegiada
(DEC) da Apeoesp, que se reúne nesta sexta-feira, 10 de julho, a organização de
uma defesa veemente de uma nova lei de contratação para os professores
temporários.
A Apeoesp, como explica a sua presidenta, defende que esses
profissionais passem a ser qualificados como professores substitutos, tendo
como base a lei 500/1974. Para isso, apresentará propostas à Secretaria Estadual de
Educação, baseadas no Projeto de Lei
Complementar 15/2020, de autoria da deputada Professora Bebel, que institui o
regime jurídico de contratação por tempo determinado de docentes na rede
estadual de ensino, além de outras propostas acumuladas pela categoria, para
que o governo cumpra o que determina a estratégia 18.20 do Plano Estadual de
Educação, assegurando direitos equivalentes aos professores efetivos. “Essas
propostas incluem o direito à assistência médica pelo IAMSPE, já compromissada
pelo governo em razão de nossas greves, mas até o momento não efetivada”, diz
Bebel.
Bebel diz que a Apeoesp
também intensificará pressão junto à Secretaria Estadual de Educação por um
plano emergencial para atender às necessidades dos professores temporários que estão
sem receber desde o início da pandemia. “A Apeoesp cobrará a efetiva e urgente
instalação da comissão paritária com a qual o secretário da Educação, Rossieli
Soares, se comprometeu na reunião que realizou com a nossa diretoria, na semana
passada. Também lutaremos junto à Secretaria de Educação para que os
professores eventuais possam participar das atribuições de aulas, inclusive no
momento atual, com as atribuições online”, conta.