Em nova e significativa assembleia
realizada nesta última quarta-feira, 09 de outubro, mais de 5 mil professores
da rede estadual de ensino decidiram rejeitar a Portaria do governo estadual
6/2019, que trata da atribuição de aulas para o próximo ano, e realizar um novo
encontro no próximo dia 18 na avenida Paulista, no vão livre do Masp, em São
Paulo. Os professores exigem a abertura de negociação com o Secretário da
Educação e uma atribuição de aulas justa e transparente, destaca a presidenta
da Apeoesp, a deputada estadual Professora Bebel (PT), que coordenou a
assembleia realizada na Praça da República, que reuniu professores de diversas
regiões do Estado.
De acordo com a presidenta da Apeoesp, a assembleia do
próximo dia 18, agendada para as 14 horas, será marcada por paralisação da
categoria. “Exigimos imediata negociação com o secretário de Educação, Rossieli
Soares. Tentamos negociar de todas as formas, mas o secretário se recusou,
ignorando e desrespeitando o sindicato e, inclusive, atacando a liberdade de
organização sindical, ao não deferir nossas reposições de aulas e as dispensas
de ponto para a atividade da Apeoesp”, discursou.
Bebel diz ainda que para mobilizar ainda mais a categoria
para a assembleia, os dirigentes sindicais das 94 subsedes da Apeoesp terão a
missão de visitar as escolas nos dias 16 e 17 para esclarecer e convocar
professores, estudantes e pais para o movimento, uma vez que todos são
atingidos pelos atos autoritários do governo. “O nosso movimento é contra a
portaria 06/2019, que trata da atribuição de aulas, mas também pelo pagamento
do nosso reajuste salarial de 10,15%, já conquistado na Justiça; pelo pagamento
dos 4,17% para equiparar o piso salarial praticado no Estado ao piso nacional
dos professores, contra a imposição do Programa de Ensino Integral, Novotec,
militarização das escolas, MMR e às dispensas de ponto para as atividades da
Apeoesp. Estamos em luta e cada professora e cada professor tem um papel
importante de mobilização”, enfatiza a líder sindical e deputada estadual.
Bebel diz que a portaria de atribuição de aulas, foi estendida até o próximo dia 14, por pressão da Apeoesp, mas que é nefasta e prejudica a todos os professores, efetivos, estáveis, contratados e candidatos à contratação. “Já entramos na Justiça solicitando a revogação desta portaria, mas a mobilização maciça da categoria são as armas que temos para barrar essa medida autoritária e desumana deste ‘desgoverno’, assim como para assegurarmos avanços nas nossas demais reivindicações”, ressalta.