Com pauta única e atraso de aproximadamente 45 minutos para começar, a sessão extraordinária realizada na manhã de hoje (30) aprovou o orçamento proposto em sua totalidade pelo prefeito Mário Heins (PDT) para o exercício de 2012.
A emenda do vereador Anízio Tavares da Silva (DEM), que autorizava remanejamento de 30% do orçamento foi derrubada com seis votos contrários, quatro votos favoráveis, sendo dele próprio, Carlos Fontes (PSD), Danilo Godoy (PP) e Antonio Carlos Ribeiro, o Carlão Motorista (PDT) e uma abstenção, do parlamentar José Antonio Gonçalves, o Zeca (PC do B).
"Com 60% o prefeito praticamente trabalha sozinho e tem enrolado. Nós vereadores temos dificuldades de acompanhar os investimentos do mesmo orçamento que já foi dado em anos anteriores. O dever do vereador é fiscalizar e acompanhar. Com 30% de remanejamento não engessamos o prefeito", disse Anízio durante a sessão justificando o seu posicionamento.
Já o vereador Carlão Motorista, do mesmo partido de Heins, explicou que seu voto favorável a emenda foi de descontentamento com a Administração, uma vez que vários dos seus pedidos não foram atendidos pelo Governo.
"Votei sem arrependimento e tenho orgulho de ser do partido do prefeito, mas hoje faço um voto neste
termo, o primeiro contra Heins, mas não contra a pessoa e sim contra o trabalho de alguns que ali exercem
algumas funções como encarregados e chefes. A verdade precisa ser dita, tenho vários pedidos e
muitos estão parados".
Após a votação que derrubou a emenda e aprovou o
orçamento, o presidente da Câmara, Erb Oliveira Martins, o Uruguaio (PPS) elogiou os vereadores.
"Agradeço e parabenizo os vereadores que votaram favoráveis, pois a cidade nunca teve tanto
desenvolvimento e lucidez. Vocês me deixaram contentes e não é nada de foi picuinha. Me estranha
os que votaram contrários, embora a gente tenha que respeitar. Era uma emenda covarde para amarrar a
Administração".
O orçamento do próximo ano será de R$ 423,7
milhões. "O remanejamento de 60% do orçamento é necessário, pois temos uma receita
prevista de R$ 319 milhões e um despesa prevista de R$ 274 milhões e sobra muito pouco para
investimentos. Portanto, é preciso remanejar. Se um projeto precisa ser modificado precisamos de uma liberdade
de remanejamento. Como disseram alguns vereadores, se nós ficarmos engessados ficará difícil
essa forma de remanejamento. Não temos o total do orçamento para remanejar, mas cerca de 8%, uma vez
que 15% será para Saúde, 25% da Educação, cerca de 45% para pagamento de salários
e não podemos mexer em nada disso, assim, o que resta é R$ 44 milhões, muito pouco para nossa
cidade", falou a secretária de Fazenda, Maria Aparecida Vicentini, que esteve na sessão.
A Lei deve ser sancionada nos próximos dias por Heins.