Projeto do orçamento para 2012 é aprovado pela Câmara

Por Redação 30/11/2011 às 11:01

Com pauta única e atraso de aproximadamente 45 minutos para começar, a sessão extraordinária realizada na manhã de hoje (30) aprovou o orçamento proposto em sua totalidade pelo prefeito Mário Heins (PDT) para o exercício de 2012.

A emenda do vereador Anízio Tavares da Silva (DEM), que autorizava remanejamento de 30% do orçamento foi derrubada com seis votos contrários, quatro votos favoráveis, sendo dele próprio, Carlos Fontes (PSD), Danilo Godoy (PP) e Antonio Carlos Ribeiro, o Carlão Motorista (PDT) e uma abstenção, do parlamentar José Antonio Gonçalves, o Zeca (PC do B).

"Com 60% o prefeito praticamente trabalha sozinho e tem enrolado. Nós vereadores temos dificuldades de acompanhar os investimentos do mesmo orçamento que já foi dado em anos anteriores. O dever do vereador é fiscalizar e acompanhar. Com 30% de remanejamento não engessamos o prefeito", disse Anízio durante a sessão justificando o seu posicionamento.

Já o vereador Carlão Motorista, do mesmo partido de Heins, explicou que seu voto favorável a emenda foi de descontentamento com a Administração, uma vez que vários dos seus pedidos não foram atendidos pelo Governo.

"Votei sem arrependimento e tenho orgulho de ser do partido do prefeito, mas hoje faço um voto neste termo, o primeiro contra Heins, mas não contra a pessoa e sim contra o trabalho de alguns que ali exercem algumas funções como encarregados e chefes. A verdade precisa ser dita, tenho vários pedidos e muitos estão parados".

Após a votação que derrubou a emenda e aprovou o orçamento, o presidente da Câmara, Erb Oliveira Martins, o Uruguaio (PPS) elogiou os vereadores. "Agradeço e parabenizo os vereadores que votaram favoráveis, pois a cidade nunca teve tanto desenvolvimento e lucidez. Vocês me deixaram contentes e não é nada de foi picuinha. Me estranha os que votaram contrários, embora a gente tenha que respeitar. Era uma emenda covarde para amarrar a Administração".

O orçamento do próximo ano será de R$ 423,7 milhões. "O remanejamento de 60% do orçamento é necessário, pois temos uma receita prevista de R$ 319 milhões e um despesa prevista de R$ 274 milhões e sobra muito pouco para investimentos. Portanto, é preciso remanejar. Se um projeto precisa ser modificado precisamos de uma liberdade de remanejamento. Como disseram alguns vereadores, se nós ficarmos engessados ficará difícil essa forma de remanejamento. Não temos o total do orçamento para remanejar, mas cerca de 8%, uma vez que 15% será para Saúde, 25% da Educação, cerca de 45% para pagamento de salários e não podemos mexer em nada disso, assim, o que resta é R$ 44 milhões, muito pouco para nossa cidade", falou a secretária de Fazenda, Maria Aparecida Vicentini, que esteve na sessão.

A Lei deve ser sancionada nos próximos dias por Heins.