30/11/-0001 às 13:55:00
Professores do
Sesi e Senai de Campinas, Americana, Amparo, Araras, Limeira, Mogi Mirim, Piracicaba e Santa Bárbara d'Oeste
não trabalharão no próximo dia 22, quinta-feira. A informação é do Sinpro-
Sindicato dos Professores. O dia será de protesto e paralisação e será acompanhado de
assembleia da categoria para debater e votar a contraproposta da Fiesp (Federação das Indústrias
do estado de São Paulo), representante patronal do Sesi e Senai, relativa ao reajuste salarial para 2012.
A paralisação vai envolver outras cidades como São Paulo e tem como objetivo pressionar
a Fiesp a negociar melhores salários e condições de trabalho para os professores e professoras.
A decisão foi tomada durante a assembleia da campanha salarial ocorrida hoje (15), na sede do Sinpro em
Campinas e também nas Subsedes de Piracicaba, Limeira, Americana/Santa Bárbara d'Oeste, com a
presença de mais de 200 professores.
A proposta foi aprovada pela maioria dos professores, que
entenderam a importância do movimento ocorrer na base territorial do Sindicato. Um indicativo tirado da
assembleia é de que haja uma manifestação de caráter estadual, coordenada pela Fepesp, em
frente à sede da Fiesp, em São Paulo.
Outras decisões tiradas da assembleia e
relacionadas à mobilização foram denunciar à sociedade o descaso do Sesi e Senai com o
professor e com a qualidade da educação. Para isso serão usados comunicados na imprensa escrita,
panfletagem nas escolas para esclarecer pais e alunos e uma possível manifestação em frente
à Fiesp.
Negociação
A proposta econômica da Fiesp de reajuste de 7% foi
rejeitada por unanimidade. Os professores querem a média dos índices inflacionários, mais
aumento real, totalizando um reajuste de 10%, como forma de valorização dos docentes, muito cobrados,
sobrecarregados de trabalho extra-classe e constantemente pressionados por cumprir metas de qualidade, como ISO.
Insatisfação
O tom da assembleia foi de indignação para a proposta
considerada muito abaixo dos 10% de reajuste pleiteados. Os professores relataram problemas como exigência cada
vez maior do trabalho além da jornada, classes lotadas e cobrança excessiva dos superiores por
resultados, comparando a educação a produtos comercializados e professores, à máquinas
que precisam aumentar a produtividade.
O presidente do Sinpro Cláudio Jorge, ressaltou a
importância da mobilização dos professores, que deverão convencer os demais colegas a
não trabalharem no dia 22. Conceição Fornasari, vice-presidente do Sinpro e diretora da Subsede
de Americana, lembrou da Campanha Nacional levada pela Contee neste ano com o tema "Há Algo errado no Ensino
Privado" e pediu que os professores levem esta bandeira para suas unidades, fazendo a reflexão juntos aos
alunos e seus pais.
Moção de apoio
A assembléia dos professores, atenta
às questões nacionais, aprovou uma moção de apoio à greve dos professores da rede
estadual, que acontece até esta sexta-feira, em defesa do cumprimento do Piso Salarial do Magistério. O
diretor do Sinpro Paulo Nobre, representante da CTB-SP, falou do ato programado para esta sexta-feira, dia 16, no
Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual e do histórico de confrontos que têm marcado
estas manifestações.