Mulher é vítima de estelionato ao se tornar sócia de empresa em Americana

Por REDAÇÃO 15/01/2021 às 20:33

 

A técnica em laboratório M.C.M., de 57 anos, casada, moradora em Santa Bárbara d’Oeste, foi vítima de estelionato ao entrar em um negócio proposto por golpistas na cidade de Americana.

A tormenta começou no mês de agosto de 2020, quando a vítima conheceu o casal Paulo César de Oliveira Maciel, de 48 anos, e Simoni Molinari Baes Maciel, de 53 anos, moradores na Cidade Domitila, em São Paulo. Há uma terceira pessoa na história, o contador Antonio Rodrigues Lima, de 60 anos, moradora na Vila Guarani, em São Paulo.

A mulher conheceu o pessoal no estabelecimento comercial denominado Lava Jato Zero em Estética Automotiva Ltda., localizado na Avenida Campos Salles, 1,079, na Vila Lourecilda. O casal convidou a vítima para ser sócia do Lava Jato e ela aceitou investindo, na oportunidade, R$ 21 mil. A empresa permaneceu ativa entre 7 de agosto de 2020 até 31 de dezembro de 2020. Durante esse período, os autores fizeram três alterações contratuais na Junta Comercial do Estado de São Paulo, com a inclusão da vítima no contrato, a participação de Simoni na prática de qualquer ato gestão e a exclusão dela da sociedade em 17 de novembro do ano passado. A vítima passou a ser responsável pelas atividades da empresa.

A mulher disse que participava das atividades da empresa, mas não da parte administrativa, que ficou a cargo do casal e do contador, que afirmavam ter experiência em administração de negócios.

No início de novembro, próximo ao dia de pagamento dos funcionários, a vítima constatou que a empresa não tinha dinheiro em caixa para honrar o compromisso. Ela estranhou o fato e passou a diligenciar e descobriu que os autores utilizando o contrato que era sócia, fizeram a abertura de outras 5 lojas, três em Americana, uma em Campinas e uma em Santa Bárbara d’Oeste. Foi contraído um empréstimo no Banco do Brasil no valor de R$ 8 mil. Os golpistas usavam o dinheiro da empresa para fins particulares e ainda emitiram cheques e contraíram empréstimos com agiotas.

Para cobrir todas as despesas, a vítima informou que realizou dois empréstimos em seu nome no valor de R$ 50 mil e foi informada por ex-funcionários que poderia ser acionada na Justiça do Trabalho por dívidas trabalhistas. Após pagar as despesas contraídas pelos autores, ela encerrou as atividades da empresa no dia 31 de dezembro de 2020.  Segundo ela, os atos foram praticados sem seu consentimento e assinou os documentos conforme orientação do contador. Mais tarde, ficou sabendo que  ele estava a serviço do casal para dar credibilidade ao golpe.

Devido às cobranças que vêm recebendo de ex-funcionários e agiotas, precisou ausentar-se da cidade e ficou doente fazendo uso de medicamentos controlados. O boletim de ocorrência foi registrado no plantão policial na noite desta quinta-feira (14).