Morre em São Paulo o jornalista e escritor Gilberto Dimenstein

Por Redação com informações do Uol.com.br 29/05/2020 às 12:16

 Morreu hoje (29), em São Paulo, aos 63 anos, o jornalista e escritor Gilberto Dimenstein. Desde 2019 ele lutava contra um câncer no pâncreas. O sepultamento deve acontecer domingo (31), no Butantã, bairro da Zona Oeste de São Paulo.

 

Autor de mais de 10 livros, Dimenstein era responsável pelo site Catraca Livre. Nascido em 28 de agosto de 1956, em São Paulo, era filho de um pernambucano de origem polonesa e de uma paraense de ascendência marroquina. Seu início no jornalismo foi em 1977, na revista Shalon, da Comunidade Judaica do Brasil. Ele se formou pela Faculdade Cásper Líbero e trabalhou em veículos como a Folha de S.Paulo (SP), onde foi diretor e correspondente internacional, e a rádio CBN (SP), como comentarista. Passou também por O Globo (RJ), Jornal do Brasil (RJ), Correio Braziliense (DF), Última Hora (SP) e as revistas Educação (SP), Visão (SP) e Veja (SP).

Dimenstein ganhou dois Prêmios Esso de Jornalismo - em 1988, na categoria Principal, com a reportagem "A Lista da Fisiologia", e, no ano seguinte, na categoria Informação Política, com "O Grande Golpe", ambas publicadas pela Folha de S.Paulo -, dois Prêmios Líbero Badaró de Imprensa e o Prêmio Jabuti de Literatura de Melhor Livro de Não-Ficção em 1993, com "O Cidadão de Papel". Ao sair da Folha, após 28 anos de dedicação, escreveu, em sua última coluna: "Saio da Folha com a gratidão de quem teve suporte para fazer da vida um laboratório. Mas a Folha não sai de mim: estará sempre associada à sensação de que o exercício da imaginação é o que nos torna singulares e relevantes”.


(Foto: reprodução Uol)