Bolsonaro rebate Doria e alega que está impedido pelo STF de agir em Manaus

15/01/2021

O presidente Jair Bolsonaro rebateu nesta sexta-feira críticas feitas a ele pelo governador João Doria, que o chamou de facínora e o responsabilizou pelo caos da Saúde em Manaus. Em entrevista ao programa Brasil Urgente, da Band, Bolsonaro também questionou a "moral" que Doria e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), teriam para pedir o seu impeachment. "Só Deus me tira daqui, não existe nada de concreto contra mim. Na mão grande não vão me tirar", afirmou.

"Qual moral têm João Doria e Rodrigo Maia de falar em impeachment, se eu fui impedido pelo STF de tomar qualquer medida contra o coronavírus?"

Por diversas vezes, Bolsonaro repetiu na entrevista a informação falsa de que o Supremo Tribunal Federal o impediu de agir para conter a pandemia.

Na realidade, a decisão proferida no ano passado pelo Supremo determina que governadores e prefeitos têm autonomia para fazer seus planos de combate ao coronavírus, com medidas como o fechamento do comércio.

O STF, porém, entendeu que o governo federal também pode adotar medidas de abrangência nacional. Essas medidas, porém, não poderiam interferir em ações locais, como quarentenas determinadas por prefeituras ou governos estaduais.

FIM DO AUXÍLIO EMERGÊNCIAL

Mais tarde, em entrevista à rádio Jovem Pan, Bolsonaro afirmou que o governo federal não pode continuar pagando auxílio emergencial. "Se voltar o auxílio emergencial, o juro vai subir", afirmou. O pagamento das parcelas foi encerrado em dezembro.

Ele voltou a defender a retomada da economia e a criticar os pedidos de isolamento. "Se voltarmos a ficar em casa, vai ser um caos no Brasil", afirmou.



Foto: Alan Santos/PR

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