Padrinhos de Casamento

04/07/2013

Creio que a escolha dos padrinhos de casamento religioso merece uma reflexão. Há pessoas, e geralmente aquelas que pouco freqüentam a igreja, que levam para seu casamento mais de meia dúzia de casais como padrinhos. Não entendo a razão disso tudo. Será interesse por presentes?

Talvez você também conheça pessoas que mobiliaram e proveram a casa somente às custas dos padrinhos. Até listas de presentes foram feitas a fim que não houvessem presentes repetidos! Ou será que para fazer uma cerimônia diferente, badalada, querem utilizar pessoas como enfeites? Pensam que seja bonito ter um amontoado de padrinhos perto do altar, onde se realiza a cerimônia. A pior degradação para o ser humano é considerá-lo como objeto, como coisa.

Para o casamento religioso são necessários apenas dois padrinhos, um para o noivo e outro para a noiva. Que alguém leve dois ou até três casais de padrinhos para cada lado é tolerável, porém mais do que isso, parece-me exagero.

Se os noivos entendem o valor do matrimônio cristão, pouco se importariam com os aspectos puramente sociais: muitas flores, roupas caríssimas, vários padrinhos, coral especial... É necessária a atenção daqueles que vão casar ou dos que trabalham neste setor para o que tem valor: o encontro sacramental deles na presença do representante de Cristo e da Igreja e com a participação da comunidade.

Há pessoas que tiveram a mais bonita cerimônia de casamento, onde se esbanjaram padrinhos e enfeites, mas hoje se encontram separadas. Tinha sido o casamento do ano! De outro lado, há pessoas que nem festa puderam ter e, apesar disso, continuam exemplos constantes de vida de amor.

Não são as pompas que determinam a felicidade ou infelicidade da vida conjugal. Não se pode generalizar. Cada estado, cada região, tem suas características. Os bispos e padres estabelecem as linhas de ação em seus respectivos territórios. Você que vai casar, é bom saber com antecedência essas diretrizes. Qual o seu parecer sobre isso tudo?

Para ser padrinho de casamento, ao contrário dos padrinhos de batismo, não é necessário que os escolhidos sejam católicos e nem mesmo cristãos. É preciso, isto sem, que sejam pessoas de palavra, pessoas que possam ser testemunhas. Seria bom, porém, uma reflexão sobre isso também. Não seria melhor se os padrinhos de casamento religioso fossem pessoas comprometidas com a Igreja, pessoas que, com sua vida familiar e cristã, possam servir de apoio e de exemplo?

* Padre Antônio Carlos D' Elboux é barbarense e atua na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes/Rafard/SP 

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