John Textor se livrou da suspensão pelo Supremo Tribunal de
Justiça Desportiva (STJD) durante o julgamento a respeito das acusações de
possíveis manipulações de resultados no Campeonato Brasileiro, que aconteceu
nesta segunda-feira no Rio de Janeiro. Porém, o sócio majoritário do Botafogo
recebeu uma multa de R$ 60 mil. O dinheiro será destinado às vítimas das chuvas
no Estado do Rio Grande do Sul.
No entanto, Textor tem o prazo de cinco dias para apresentar
provas documentais que demonstrem que o Palmeiras foi favorecido nas duas
últimas edições do Brasileirão. As declarações polêmicas do dirigente do clube
carioca foram feitas após a partida contra o Red Bull Bragantino na fase
preliminar da Copa Libertadores em fevereiro. O advogado de defesa de John
Textor, Michel Assef Filho, pediu a suspensão do julgamento com o argumento de
que o dirigente não tem obrigação de mostrar os documentos.
“Alguém dizer que não há corrupção no Brasil, quando eu
tenho juízes gravados reclamando de não terem suas propinas pagas… Talvez a CBF
não devesse me processar. Eu não acusei o Ednaldo (Rodrigues, presidente da
CBF). Nunca disse nada sobre ele. Ele não é corrupto. Ele é um homem que
comanda uma organização que provavelmente precisa administrar melhor a
corrupção externa.
Porque é uma batalha contra fatores externos. É uma
batalha que existe e está aqui. Houve manipulações e erros em 2021, 2022, 2023,
e nós temos provas”, disse John Textor.
Ainda segundo o norte-americano, ele teria provas baseadas
em inteligência artificial de que cinco jogadores do São Paulo teriam
manipulado o resultado na derrota para o Palmeiras por 5 a 0 no Allianz Parque.
O presidente do São Paulo, Julio Casares, se manifestou, à época, nas redes
sociais dizendo que as acusações eram incabíveis e que tomaria providências a
respeito.