Reestruturar a política para reestruturar o país

16/08/2017

Um novo Brasil não pode ser construído com mágica. Colocar a economia em ordem, retomar o crescimento e a credibilidade é um processo lento e que exige esforço real da classe política comprometida.

O povo brasileiro anseia por mudanças profundas, com mais oportunidades e menos desigualdades. Anseia pelo fim dos privilégios e da blindagem dos políticos. Anseia por uma democracia forte em que o sistema político seja verdadeiramente conectado com a sociedade.

Nesse processo, as reformas são necessárias. E reformas devem refletir as necessidades da nação brasileira e não somente de um grupo político ou econômico. Devem ser pensadas a longo prazo e não somente na eleição seguinte. Devem ser um projeto de país e não um projeto de governo.

Chega a hora de os políticos realizarem autocrítica e entenderem que a mãe das reformas deve nascer dentro dos partidos. Que a velha política deve ser deixada no passado e que os projetos partidários devem ser amplamente reformulados, discutidos, trabalhados, modernizados, e que, independente da ideologia, os partidos precisam ter compromisso com o Brasil e com os brasileiros.

O PSDB, também inserido no contexto de vergonhas nacionais expostas, precisa engajar o fortalecimento da Lava Jato e se reestruturar. Abrir os olhos para as injustiças sociais e as novas demandas da sociedade, o que inclui deixar para trás os preconceitos, assumir papel inovador e reforçar a luta por um estado mais funcional e menos inchado.

O atual Congresso aprovou importantes medidas e reformas nos últimos meses, mas esse ainda é um pequeno passo diante do longo caminho de transformação necessário na reconstrução do país. E nesse caminhar se faz urgente a reflexão, disposição e comprometimento redobrados de todos nós que acreditamos e que buscamos realizar a boa política.

Hélio Nishimoto é deputado pelo PSDB

 

COLUNA SOCIAL

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